Please use this identifier to cite or link to this item:
http://repositorio.fps.edu.br/handle/4861/887
Title: | Motivação intrínseca de estudantes de medicina em tutoriais remotas durante a pandemia do SARS-COV-2 em uma Faculdade no Nordeste do Brasil |
Authors: | ANDRADE, Welma Gomes de FALBO, Ana Rodrigues MEDEIROS, Flávia P. Morais de Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu Mestrado Profissional em Educação para o Ensino na Área de Saúde |
Keywords: | Aprendizagem baseada em problemas Motivação intrínseca Autodeterminação ou autonomia SARS-CoV-2 Educação remota |
Issue Date: | 2023 |
Abstract: | RESUMO Cenário: no contexto de pandemia do SARS-COV-2 em 2020, houve a necessidade de implementação do ensino remoto, fazendo com que as atividades acadêmicas presenciais fossem realizadas em ambiente virtual. Nesse novo cenário, colocou-se a dificuldade no uso da tecnologia e as limitações de acesso à internet dentre outros, o que poderia favorecer a diminuição da interação entre os estudantes na tutoria e diante disso torna-se importante a investigação sobre a motivação intrínseca dos estudantes. Objetivo: Descrever os fatores que contribuem para a motivação intrínseca do estudante de medicina em tutorias remotas no contexto da pandemia de SARS-CoV-2. Métodos: foi realizado um estudo de corte transversal na Faculdade Pernambucana de Saúde, envolvendo estudantes de medicina dos oito primeiros períodos do curso. Sendo a coleta feita online durante novembro de 2021 a abril de 2022 e definida segundo: número total de estudantes de medicina dos oito primeiros períodos do curso (776); sendo selecionados randomicamente, os 115 estudantes da amostra final. Foi elaborado um questionário específico para o estudo contemplando as variáveis como condições sociodemográficas, acadêmicas, de acesso e realização para a tutoria remota como acesso à tecnologia e infraestrutura para a participação em tutoria remota e variáveis relacionadas à pandemia. Para a avaliação da motivação foi utilizado o Inventário de Motivação Intrínseca, já traduzido e adaptado transculturalmente para o português brasileiro. No total o inventário é composto por 45 itens, os quais se agrupam compondo cada uma das sete subescalas: subdividido em sete subescalas: 1. Interesse/prazer, 2. Competência percebida, 3. Esforço/importância, 4. Pressão/tensão, 5. Percepção de escolha, 6. Valor/utilidade, 7. Integração (relacionamento) durante a realização de determinada atividade, com padrão de respostas tipo Likert. Na análise descritiva, as variáveis categóricas foram apresentadas por meio da distribuição de frequência (percentual) e as numéricas por meio de medida de tendência central e dispersão (medianas e seus quartis). A análise do IMI foi feita por meio do cálculo da média aritmética dos 45 itens, compondo o escore médio geral (EMG) e cada subescala/domínio foi definida por meio da média aritmética do conjunto de itens que a compõe, definindo o escore médio por subescala (EMS). Foram consideradas as sete opções de respostas (1 a 7), em que variava de 1 = não verdadeiro, 4 = algo verdadeiro e 7 = muito verdadeiro. Para definição da gradação dos escores foram definidos os seguintes pontos de corte: ≤3,0 (não verdadeiro/não motivado), >3,0 e <6,0 (algo verdadeiro/motivado) e ≥6,0 (muito verdadeiro/muito motivado). O projeto foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos (CEP) da FPS com CAAE: 4.934.317. Resultados: a maior parte dos estudantes eram do sexo feminino e solteiros (64,3% e 92,1 % respectivamente). A idade variou de 18 a 35 anos com mediana de 21 anos (IQR=20 a 23 anos). Todos apresentavam renda ≥ 15 salários-mínimos. Não apresentavam experiência anterior com a realização de sessões de tutoria presenciais (43,5%). Antes da pandemia todas as tutorias ocorriam de forma presencial. A maioria afirmou ter local próprio para estudo, sem ruídos e que conseguiam ficar sozinhos nesse local (respectivamente 69,6%, 62,6 % e 88,7%). A maior parte relatou ter acesso à internet e com boa qualidade (93,0%). O computador foi o equipamento mais utilizado (93,0%) e com bom funcionamento referido por 92,0% dos estudantes. Dos participantes (21,7%) teve a SARSCoV-2 e 12,0% na forma grave. A maioria referiu parentes com diagnóstico positivo para SARS-CoV-2 (77,4%) e 21,7% perderam parentes vítimas da doença. A motivação geral dos estudantes apresentou um escore médio geral de 4,40, indicando motivação em relação a tutoria remota. As respostas ao IMI foram confiáveis (Alfa de Cronbach de 0,92). Como no IMI utilizam-se os escores médios, foi avaliada a normalidade dos valores, que segundo a curva de densidade de Kernel, apresentaram distribuição normal. Conclusão: no geral, os estudantes estavam motivados durante a realização das tutoriais remotas, apesar da mudança abrupta para esse ambiente de aprendizagem e do curso de uma grave pandemia. Esse achado pode ser explicado pelo fato de que os estudantes tinham uma boa estrutura de acesso à tecnologia e do ambiente físico para a realização dos grupos tutoriais. Além disso, especula-se que a frequência às tutoriais pode ter sido uma forma de tirar o foco do contexto adverso da pandemia, sendo as atividades de aprendizagem uma ocasião em que os mesmos podiam discutir, estudar e refletir sobre questões abordando outros temas. Palavras-chave (DeCS): aprendizagem baseada em problemas; motivação intrínseca; autodeterminação ou autonomia; SARS-CoV-2; educação remota. |
Description: | Dissertação apresentada ao Programa de Pós Graduação Stricto Sensu do Faculdade pernambucana de Saúde FPS, como requisito parcial à obtenção do título de Mestre em Educação para o Ensino em Saúde. |
URI: | http://repositorio.fps.edu.br/handle/4861/887 |
Appears in Collections: | TCC (Dissertações) |
Files in This Item:
File | Description | Size | Format | |
---|---|---|---|---|
Dissertação Welma Final (002).pdf | 856.06 kB | Adobe PDF | View/Open |
Items in DSpace are protected by copyright, with all rights reserved, unless otherwise indicated.