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Título: Prevalência de insuficiência renal aguda em pacientes submetidos à cirurgia de revascularização do miocárdio com circulação extracorpórea em um hospital da Região Metropolitana do Recife
Autor(es): HENRIQUES, Gabriela Maria Nogueira
Programa de Pós-Graduação Lato Sensu em Perfusão e Assistência Circulatória Mecânica
Palavras-chave: Cirurgia cardíaca
Circulação extracorpórea
Insuficiência renal aguda.
Data do documento: 2016
Resumo: RESUMO Introdução: Pacientes submetidos à cirurgia cardíaca constituem população de risco para o desenvolvimento de insuficiência renal aguda (IRA) no pós-operatório. A IRA está entre as mais sérias e frequentes complicações observadas, sendo causa de maior morbidade e mortalidade nesses pacientes. As causas para disfunção renal são multifatoriais, porém sabe-se que a circulação extracorpórea (CEC) apresenta efeitos deletérios na função renal. O estado não fisiológico da CEC ativa as cascatas inflamatórias e de coagulação, que alteram a função renal. Os fatores relacionados à CEC devem ser monitorados no intra-operatório para diminuir o risco de IRA em cirurgia cardíaca. Objetivos: Determinar a prevalência de insuficiência renal aguda no pós-operatório de pacientes submetidos à cirurgia de revascularização do miocárdio com circulação extracorpórea, de acordo com a definição do critério AKIN (Acute Kidney Injury Network). Método: Foi realizado um estudo descritivo retrospectivo, em que se avalia a prevalência de insuficiência renal aguda no pós-operatório de cirurgia cardíaca. O estudo foi realizado entre Setembro a Dezembro de 2015, tendo como população: pacientes que se submeteram a cirurgia cardíaca de revascularização do miocárdio com circulação extracorpórea no Hospital Dom Hélder Câmara, no período de Janeiro a Setembro de 2015. A coleta de dados disponíveis no prontuário médico dos pacientes foi realizada mediante preenchimento do instrumento pelo pesquisador. Após revisão dos instrumentos, foi construído um banco de dados no software EPI-INFO versão 7. Ao término da digitação, os dados foram comparados e analisados. Foi realizada uma avaliação da prevalência de insuficiência renal aguda com o tempo de circulação extracorpórea, faixa etária dos pacientes, síndrome coronariana aguda e diabetes mellitus. Resultados: A insuficiência renal aguda ocorreu em 21,90% (23) dos 105 pacientes estudados, sendo a hemodiálise necessária para 43,40% (10) dos que desenvolveram IRA. Os fatores de risco associados à maior prevalência de IRA na análise foram: idade superior a 60 anos, diabetes mellitus, síndrome coronariana aguda e duração da circulação extracorpórea acima de 60 minutos. O tempo de internamento na UTI desses pacientes foi maior do que aqueles que não desenvolveram IRA. Observou-se que 65,22% (15 dos 23) dos pacientes que evoluíram com insuficiência renal aguda, permaneceram mais de cinco dias na UTI. A mortalidade nos pacientes com IRA foi de 34,70% (8 de 23), comparada a uma taxa de mortalidade global de 13,30% (14 de 105). Conclusão: A insuficiência renal aguda é uma complicação frequente em nosso meio, após cirurgia de revascularização do miocárdio, estando associada a altas taxas de mortalidade, morbidade e permanência na UTI. A idade acima de 60 anos, diabetes mellitus, síndrome coronariana aguda e duração de circulação extracorpórea superior a 60 minutos são fatores de risco independentes para o desenvolvimento de insuficiência renal aguda. Palavras chaves: cirurgia cardíaca, circulação extracorpórea, insuficiência renal aguda.
Descrição: Trabalho de Conclusão da Pós-Graduação Latu Sensu em Perfusão e Assistência Circulatória Mecânica pela Faculdade Pernambucana de Saúde. Orientador: Juliany Silveira Braglia César Vieira Co-orientador: Rafaela de Melo Simões Lima
URI: http://repositorio.fps.edu.br/handle/4861/641
Aparece nas coleções:Trabalhos de conclusão de curso



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