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Título: Vivências de nutricionistas em uma cidade do interior de Alagoas sobre comportamento alimentar no manejo das doenças crônicas não transmissíveis
Autor(es): OLIVEIRA, Laryssa Santana de
Programa de Pós-graduação Stricto Sensu Mestrado Profissional em Psicologia da Saúde
Palavras-chave: Doenças crônicas não transmissíveis
Comportamento alimentar
Saúde pública
Data do documento: 2020
Resumo: RESUMO Cenário: Estudos sobre doenças crônicas não transmissíveis vêm adquirindo relevância, à medida que estas condições causam impacto na saúde pública e contribui para os índices de morbimortalidade. A alimentação inadequada constitui um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento dessas doenças. Manter hábitos saudáveis não depende apenas do acesso a uma informação nutricional adequada. A seleção dos alimentos tem a ver com as preferências relacionadas com o prazer ao comer determinado alimento, as atitudes aprendidas com a família, e a outros fatores psicológicos e sociais. A dieta, modelo de prescrição tradicional utilizada pelos nutricionistas, está associada a prevalência de falhas no tratamento, devido ao grande índice de abandono ou desistência, ocasionado pela sua característica restritiva. É necessário, portanto, compreender o processo de ingestão do ponto de vista biopsicossocial e conhecer as limitações que influenciam o processo de decisão. Nesse contexto, existe o desafio da formação do nutricionista de desenvolver competências para agir, como educador, perante seu paciente e não meramente como transmissor de conhecimentos ou executor de tarefas técnicas. A abordagem comportamental objetiva melhorar o relacionamento do sujeito com a comida, seu corpo e seu bem estar de forma geral. Nesse sentindo, surge a Psicologia da Saúde, com uma visão integral do paciente, a partir da compreensão de fatores fisiológicos, sociais, ambientais e emocionais que influenciam o processo saúde/doença. Objetivo: Compreender, a partir da perspectiva do profissional nutricionista, as estratégias utilizadas na orientação e promoção da mudança de comportamento alimentar no manejo das doenças crônicas não transmissíveis. Método: Estudo de abordagem qualitativa, realizado no período de outubro de 2019 a novembro de 2020. A amostra foi composta por 09 nutricionistas, que atuam na Secretaria Municipal de Saúde de Palmeira dos Índios. O instrumento utilizado para a coleta de dados foi um roteiro de entrevista semiestruturado contendo perguntas disparadoras e cabeçalho contendo questionário com informações referentes ao perfil sociodemográfico dos participantes. Os profissionais foram investigados sobre: atendimento, perfil dos pacientes, tipo de abordagem utilizada, limitações do tratamento, comunicação e abordagem, métodos de avaliação e modelo de prescrição utilizado atualmente. A possível relação entre sentimentos, emoções e comida também foi investigada. A pesquisa foi dividida em 03 (três) fases conforme recomendação de Minayo e os dados os foram agrupados em categorias e analisados em 02 (dois) níveis de interpretação, conforme o método hermenêuticodialético. As respostas foram digitadas no Word e apresentadas na forma de texto seguida de discussão. O trabalho seguiu os preceitos éticos dispostos na Resolução 510/2016 do Conselho Nacional de Saúde e foi aprovado pelo Comitê de Ética da Faculdade Pernambucana de Saúde. Resultados e Discussão: Todas as participantes do estudo foram mulheres e a maioria concluiu a graduação há mais de 05 anos e em instituições privadas. O perfil dos pacientes atendidos foi representado por excesso de peso, obesidade, diabetes, hipertensão, alergias alimentares e doenças cardiovasculares. A associação entre dieta a resultados milagrosos tem sido um dos principais motivos escolhido por quem busca o profissional nutricionista para a mudança de hábitos. Porém, a baixa adesão ao tratamento continua sendo um dos fatores que mais implicam no desencadeamento das doenças crônicas não transmissíveis. Aspectos como sexo, condição financeira e grau de escolaridade também foram citados como relevantes na evolução do paciente. As estratégias mais utilizadas para a mudança de comportamentos foram: atividades em grupos, educação nutricional, entrega de materiais informativos e estreitamento do vínculo com o paciente e seus familiares. A utilização da abordagem com foco na mudança de comportamento, através de ferramentas como Mindfulness, Odômetro da fome e Comer intuitivo ainda é pouco conhecida pela maior parte dos profissionais. Dessa forma, identificou-se a necessidade de disseminar ferramentas apropriadas e centradas no comportamento alimentar. Conclusão: Os resultados encontrados forneceram indicativos de que a maioria dos profissionais não utilizam ou não conhecem ferramentas de base comportamental para o manejo do comportamento alimentar. No entanto, considerar o caráter simbólico da comida e seu papel na trajetória de cada paciente contribui para o sucesso do tratamento, visto que a dieta sozinha não é capaz de tratar essas demandas. Sendo assim, identificou-se a necessidade de realizar uma validação experimental que possibilite maior visualização dos resultados obtidos, assim como estudos adicionais contendo protocolos com estratégias comportamentais apropriadas para o enfrentamento dessa problemática. Palavras-chave: doenças crônicas não transmissíveis; comportamento alimentar; saúde pública
Descrição: Dissertação apresentada como parte dos requisitos para obtenção do grau de Mestre em Psicologia da Saúde pela Faculdade Pernambucana de Saúde.
URI: http://repositorio.fps.edu.br/handle/4861/402
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