Análise do conhecimento de residentes em pediatria e psiquiatria acerca do diagnóstico do transtorno do espectro autista e elaboração de um manual de orientação para identificação precoce

Abstract

CENÁRIO: O transtorno do espectro autista - TEA é um transtorno do neurodesenvolvimento. Pelo diagnóstico ser, fundamentalmente, clínico, é importante considerar a formação dos residentes em pediatra e psiquiatra sobre o diagnóstico. OBJETIVO: Avaliar o conhecimento de residentes em pediatria e psiquiatria de um programa de residência acerca do diagnóstico do TEA, caracterizar perfil sociodemográficos dos residentes, identificar o conhecimento prévio sobre o diagnóstico. MÉTODO: Trata-se de um estudo descritivo, de tipo corte transversal. Participaram 42 residentes, sendo 33 residentes de pediatria e 12 residentes de psiquiatria de programas vinculados ao SUS, que responderam a um questionário contendo informações sobre o perfil sociodemográfico e o conhecimento do diagnóstico do TEA composto por cinco dimensões: Auto percepção em relação a formação acerca do diagnóstico do TEA, características gerais e surgimento, prejuízo na comunicação social recíproca e na interação social, padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou atividades e comorbidades. ASPECTOS ÉTICOS: O período da coleta de dados acorreu após a aprovação do comitê de ética e pesquisa do IMIP. O procedimento para a análise dos dados foi a revisão dos questionários, para garantir a elegibilidade das respostas. Em seguida ocorreu a transposição dos dados para a planilha do Excel, e, posteriormente, para o programa de estatística GraphPad Prism Software 5.02. RESULTADOS: Os resultados desta dissertação no formato de dois produtos. Um artigo que será submetido a Revista Brasileira de educação Médica e um produto técnico educacional em formato de um manual a fim de esclarecer questões fundamentais acerca do diagnóstico do TEA facilitando a tomada de decisão clara e eficaz. Com relação às respostas dos residentes 95% responderam que não considera suficiente seu conhecimento acerca do TEA, 66% não acha que o conteúdo de TEA visto na sua formação deixa o profissional habilitado para o diagnóstico precoce e 66% responderam não considerar que o conteúdo é suficiente e, 90% acreditam que deveria haver mais educação sobre o TEA durante a residência e graduação. CONCLUSÃO: O conhecimento dos residentes em pediatria e psiquiatria do IMIP a respeito do diagnóstico do TEA não seja adequado para o diagnóstico precoce. Sendo assim, possivelmente esta pesquisa apontará para a necessidade de atualização das propostas curriculares das residências de pediatria e psiquiatria com o objetivo de preparar adequadamente os futuros profissionais no que diz respeito ao diagnóstico precoce do Transtorno do Espectro Autista.