Vivência dos familiares cuidadores face à hospitalização infantil

Abstract

Cenário: No processo de adoecimento, o cuidador familiar experiencia vários sentimentos que podem interferir na qualidade do cuidado ao paciente. A importância deste cuidador tem motivado pesquisas na área como também mostrando a necessidade de novos paradigmas assistenciais. Faz-se mister conhecer a realidade emocional do cuidador para que a assistência possa ocorrer de forma mais eficaz. Objetivo: Investigar a vivência dos familiares cuidadores frente à hospitalização infantil. Método: Pesquisa qualitativa, de corte transversal e explicativa, realizada na Unidade de Terapia Intensiva de um hospital escola de referência na cidade de Recife-PE, com os familiares das crianças internadas. A amostragem deste estudo foi definida pelo método de saturação e utilizada uma entrevista semi-estruturada para coleta dos dados; os mesmos foram analisados de acordo com a Análise Temática de Conteúdo. Aspectos Éticos: Esta pesquisa obedeceu às diretrizes e normas regularizadoras de pesquisa envolvendo seres humanos, regida pela Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde e teve seu projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do hospital em questão. Resultados: A partir da pesquisa realizada foram elaboradas quatro categorias de análise: condições físicas e emocionais interferindo na qualidade do cuidado; sentimentos envolvidos durante a hospitalização; enfrentamento da situação: apoio social e religiosidade; e percepção sobre o cuidado, sendo possível assim, identificar os sentimentos mais presentes neste momento, como também compreender o momento vivenciado, auxiliando a lidar melhor com tais familiares. Conclusão: Pode-se observar que a confiança e o ambiente se entrelaçam na qualidade do cuidado, sendo possível compreender as funções do cuidador, em suas possibilidades e dificuldades. Assim como, também, sobre a diferença desse cuidado pelo próprio ambiente da UTI, onde as emoções estão mais alarmadas para uma situação de adoecimento e de risco, podendo encobrir assim uma vivência do cotidiano do cuidar.