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dc.contributor.authorALVES, Rosana Campos-
dc.contributor.authorLEITE, Isabelle Diniz Cerqueira-
dc.contributor.authorRAMEH-DE-ALBUQUERQUE, Rossana Carla-
dc.date.accessioned2023-06-06T12:11:34Z-
dc.date.available2023-06-06T12:11:34Z-
dc.date.issued2023-
dc.identifier.urihttp://repositorio.fps.edu.br/handle/4861/907-
dc.descriptionDissertação apresentada ao Programa de Mestrado Profissional da Faculdade Pernambucana de Saúde - FPS, como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Psicologia da Saúde.pt_BR
dc.description.abstractRESUMO Introdução: Recentemente, a obesidade é conhecida, como um dos mais importantes e urgentes problemas de saúde pública, sendo considerada uma epidemia mundial devido ao aumento da sua incidência. Até o ano de 2025 a Organização Mundial da Saúde (OMS) prevê que aproximadamente 2,3 bilhões de pessoas adultas estarão com sobrepeso e mais de 700 milhões delas desenvolverão obesidade. No Brasil, a Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL), divulgou oficialmente em abril do ano de 2022, os resultados da frequência e da distribuição da obesidade no país. A pesquisa revela que 22,4% da população adulta está com obesidade. Há um consenso na literatura de que a etiologia da obesidade é complexa e multifatorial, pois o seu desenvolvimento é o resultado da interação de fatores genéticos, metabólicos e psicológicos somados ao estilo de vida de cada pessoa. Além disso, a supervalorização do corpo magro contribui para que haja rejeição a pessoa obesa, aumenta o preconceito e fortalece o estigma social, dificultando a adesão ao processo da perda de peso ou até mesmo favorecendo o ganho de peso. Nesse sentido, o estilo de vida da pessoa obesa consolida a obesidade como uma enfermidade plural que necessita de ações e práticas de cuidados tanto da medicina, quanto da nutrição e psicologia. Objetivos: Esta pesquisa teve como objetivo compreender a experiência do ser-obeso na Unidade de Saúde da Família (USF) Jader de Andrade, na Comunidade Entra Apulso da cidade do Recife, além de identificar os fatores que dificultam sua vivência e investigar como as pessoas com obesidade compreendem o papel da psicologia no seu cuidado. Método: Trata-se de uma pesquisa de campo de natureza qualitativa, com base nos pressupostos da fenomenologia existencial do filósofo Martin Heidegger, que utilizou a entrevista narrativa como ferramenta não estruturada para coleta de dados. As entrevistas foram realizadas através de uma questão norteadora, que possibilitou uma aproximação mais profunda do cotidiano e das realidades sociais de cada participante. Os dados encontrados foram analisados com base na Analítica do Sentido da autora Dulce Mara Critelli. Resultados e discussão: Baseado nas medidas antropométricas todas as mulheres que participaram do presente estudo, estão com o diagnóstico de obesidade. Neste cenário epidemiológico do grupo de doenças crônicas não transmissíveis, a obesidade é simultaneamente uma doença e um fator de risco para outras doenças deste grupo. A partir das entrevistas foi possível estabelecer que obesidade pode se manifestar nos mais variados cenários e contextos, trazendo consigo grande sofrimento tanto físico quanto emocional e psicológico. A maioria deles está relacionado a discriminação social e o preconceito, muitas vezes disfarçado no meio da sociedade. O estigma da obesidade tem consequências que podem favorecer o ganho de peso ou dificultar a sua perda, além de causar ansiedade, depressão ou transtornos alimentares. O corpo não é apenas biológico, dado que, é por meio dele que vivenciamos o mundo. O corpo carrega valores, pontos de vistas e significados e a obesidade expressa o modo de estar no mundo das pessoas obesas. Esse contexto tem dificultado e afastado ainda mais as pessoas obesas de uma alimentação saudável, a prática de atividades físicas e até mesmo em aceitar que o excesso de peso é responsável pelo seu sofrimento emocional. Portanto, o apoio psicológico revela-se essencial no tratamento da obesidade e dos fatores psicológicos e emocionais associados a ela. Conclusão: A escolha pela fenomenologia existencial heideggeriana se estabeleceu pela necessidade de inaugurar um conceito de saúde que esteja em correspondência com a existência humana na sua peculiar manifestação, a partir da totalidade do seu existir e da experiência de quem está vivenciando o adoecer. De acordo com os achados deste estudo e com a literatura, seja no âmbito da adesão ao tratamento ou na adaptação à doença, os modelos atuais de cuidado à pessoa obesa mostram-se incompletos, reducionistas e distanciadores. O impacto emocional e psicológico tem papel significativo na obesidade e a população em geral ainda desconhece a relevância do acompanhamento psicológico na linha de cuidado, visto que os números de pessoas obesas só aumentam. Seja como causa ou como consequência, aliar os aspectos biológicos e os fenômenos emocionais e psicológicos tem sido um grande desafio para o sistema de saúde pública. Palavras-chave: Psicologia da Saúde, Obesidade, Cuidado, Fenomenologia Existencial.pt_BR
dc.language.isoporpt_BR
dc.subjectPsicologia da Saúdept_BR
dc.subjectObesidadept_BR
dc.subjectCuidadopt_BR
dc.subjectFenomenologia existencialpt_BR
dc.titleA experiência do ser-obeso na atenção primária em saúde da cidade do Recife: um olhar fenomenológico existencial heideggerianopt_BR
dc.typeOtherpt_BR
dc.contributor.programPrograma de Pós-Graduação Stricto Sensu Mestrado Profissional em Psicologia da Saúdept_BR
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