Conhecimento de professores sobre o TEA e estratégias da ABA na alfabetização de crianças autistas

Abstract

RESUMO INTRODUÇÃO: A inclusão de pessoas com TEA é garantida por lei no Brasil, que propõe um ensino baseado nos princípios de igualdade de condições de acesso, permanência e aprendizagem para todos. Os professores necessitam de capacitações constantes para atender as demandas dos seus alunos no processo de aprendizagem e inclusão. Muitas vezes, os docentes não apresentam conhecimento adequado sobre o autismo, o que dificulta o processo de ensino-aprendizagem e a inclusão escolar, que é garantida quando as escolas atuam atendendo as necessidades educacionais de pessoas autistas através de adequações no currículo e intervenções adequadas para cada aluno. OBJETIVO: Este trabalho se propôs identificar o conhecimento de professores(as) sobre o TEA e estratégias da Análise do Comportamento aplicada(ABA) para alfabetização de crianças autistas. MÉTODOS: O estudo adotou uma abordagem descritiva transversal com metodologia quantitativa, utilizando amostragem por conveniência, com seleção aleatória e não probabilística. Participaram professores da educação infantil e/ou do processo de alfabetização com no mínimo um ano de experiência e que atuavam com alunos autistas diagnosticados ou em investigação diagnóstica. A coleta de dados foi realizada por meio de um formulário eletrônico com 48 perguntas, predominantemente binárias, distribuídas em quatro categorias: Perfil Sociodemográfico, Perfil Profissional e Modalidade de Trabalho, Conhecimento sobre o Autismo, e Conhecimento de Estratégias da ABA para Alfabetização, justificadas pela necessidade de uma análise abrangente do contexto dos professores e sua prática educacional com alunos autistas. A técnica snowball sampling foi empregada para divulgar o questionário via plataformas como LinkedIn, Instagram e grupos de WhatsApp. Os dados foram organizados no Microsoft Excel e analisados no software SPSS, versão 18. O estudo seguiu as diretrizes do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Faculdade Pernambucana de Saúde (FPS) e a Resolução 510/16 da CONEP, sob o CAAE 74535023.3.0000.5569. RESULTADOS: Os resultados desta dissertação serão apresentados em um artigo científico e um material didático, que serão disponibilizados no repositório acadêmico. Participaram n=70 professores, em sua maioria mulheres, com idade média de 36 anos, graduadas em pedagogia por universidades privadas, com até cinco anos de atuação na educação infantil em escolas particulares. Entre os docentes, 68,6% não se sentem preparados para alfabetizar alunos autistas e 51,4% não adaptam materiais adequadamente. A pesquisa revelou que a participação em cursos de capacitação é essencial para aumentar o conhecimento sobre o TEA e a ABA. Os resultados mostram o potencial do estudo para fundamentar a criação de cursos práticos e teóricos que aprimorem as habilidades pedagógicas dos professores no acompanhamento desses alunos. CONCLUSÃO: A pesquisa mostrou que a maioria dos professores não possui o conhecimento necessário sobre estratégias comportamentais no contexto escolar. Embora o professor deva investir em sua formação, o Estado e as Instituições de Ensino têm a responsabilidade de garantir condições adequadas, conforme as leis brasileiras. Os resultados reforçam a importância de cursos de formação para melhorar as práticas pedagógicas no atendimento a alunos autistas. Palavras-chave: Professores; Análise do Comportamento Aplicada Transtorno do Espectro Autista; Inclusão escolar.