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http://repositorio.fps.edu.br/handle/4861/1126
Full metadata record
DC Field | Value | Language |
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dc.contributor.author | SANTIAGO, Marlon Marinho | - |
dc.contributor.author | BARROS, Clarissa Maria Dubeux Lopes | - |
dc.date.accessioned | 2024-05-31T18:18:42Z | - |
dc.date.available | 2024-05-31T18:18:42Z | - |
dc.date.issued | 2024 | - |
dc.identifier.uri | http://repositorio.fps.edu.br/handle/4861/1126 | - |
dc.description | Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu da Faculdade Pernambucana de Saúde – FPS, como requisito parcial à obtenção do título de Mestre em Psicologia da Saúde. | pt_BR |
dc.description.abstract | RESUMO Introdução: A pandemia da COVID-19 deixou evidente a sobrecarga de responsabilidade da mulher nos cuidados à família conciliados ao trabalho formal, gerando tensão pela responsabilização e gestão de várias frentes de cuidados, potencializando impactos no psiquismo. Com escolas fechadas e serviços de cuidados limitados, muitas mulheres foram forçadas a equilibrar o trabalho presencial com os cuidados familiares, incluindo cuidar de crianças em casa, ajudar com a educação virtual, e muitas vezes assumir a responsabilidade pelos cuidados de familiares em condição de adoecimento ou idosos. Essa sobrecarga de responsabilidade pode levar a tensões significativas para as mulheres, que enfrentam o desafio de equilibrar múltiplos papéis sem apoio adequado. Essa pressão adicional pode ter impactos significativos no bem-estar mental das mulheres, aumentando o estresse, a ansiedade e até mesmo contribuindo para casos de depressão. Objetivo: Analisar os impactos da pandemia da COVID-19 na saúde mental de mulheres profissionais da saúde, investigando mulheres que vivenciaram a maternidade e se mantiveram trabalhando presencialmente, de forma assalariada, durante o ano de 2020. Método: A pesquisa adotou uma abordagem qualitativa e idiográfica. A população do estudo foi composta por mulheres profissionais da saúde que são mães e em exercício da maternidade e que mantiveram-se economicamente ativas no mercado de trabalho formal e presencial durante o ano de 2020, coincidente com a pandemia da COVID-19. Foram entrevistadas seis profissionais da saúde, entre 38 a 45 anos que trabalhavam de forma assalariada em unidades de saúde. O estudo foi realizado virtualmente, utilizando a Plataforma Google Meet, um Questionário Sociodemográfico e entrevistas on-line, abertas e semiestruturadas. O roteiro da entrevista consistiu em nove perguntas que abordavam as vivências das participantes durante o ano de 2020, particularmente em relação à pandemia da COVID-19. As perguntas exploraram temas como o impacto inicial da pandemia, os desafios enfrentados no trabalho e na vida familiar, as estratégias de gerenciamento de demandas, os efeitos na saúde mental, as estratégias de enfrentamento adotadas, o estado atual das participantes e a transição para uma fase de maior liberdade após a implementação de medidas de segurança e o calendário de vacinação. As entrevistas foram aplicadas por meio da técnica Bola de Neve para acessar mulheres que eram mães e profissionais da saúde durante a pandemia. Os critérios de inclusão foram: Mulheres profissionais da saúde; Mães economicamente ativas no mercado de trabalho da saúde no formato presencial; Mães, profissionais da saúde, em exercício da maternidade durante o ano de 2020; Acessar à internet com familiaridade para plataformas digitais, redes sociais e uso de smartphone. Os critérios de exclusão foram: Afastamento do trabalho em período superior a 15 dias; Profissionais da saúde que estiveram grávidas durante o ano de 2020; Profissionais da saúde que foram demitidas durante o ano de 2020. Os dados foram coletados por meio de entrevistas e formulários, posteriormente analisados utilizando a técnica de Análise de Conteúdo de Bardin e o referencial teórico da Terapia Cognitivo Comportamental (TCC). A pesquisa foi submetida ao Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade Pernambucana de Saúde (CEP/FPS), obedecendo aos critérios éticos que regem sobre pesquisas envolvendo seres humanos, estabelecidos pela Resolução Nº 466/ 2012 e a de Nº 510/ 2016, CAAE: 68355023.2.0000.5569. Resultados: Os resultados da pesquisa revelaram que as mulheres profissionais da saúde que equilibraram maternidade e trabalho enfrentaram desafios significativos durante a pandemia da COVID-19. Três categorias principais emergiram da análise dos dados: Primeiramente, destacaram-se os “Desafios enfrentados por profissionais da saúde que conciliaram maternidade e trabalho”, incluindo a necessidade de sustentar suas famílias, lidar com o medo constante da contaminação pelo vírus e adaptar-se a novos hábitos de vida, como o uso de máscaras e práticas rigorosas de higiene. Muitas delas também assumiram o papel de provedoras financeiras, enfrentando pressões econômicas exacerbadas pela incerteza econômica durante a pandemia. Além disso, a sobrecarga de trabalho, especialmente para aquelas na linha de frente da pandemia, resultou em altos níveis de estresse e exaustão emocional. Em segundo lugar, foram identificadas diversas “Estratégias de enfrentamento para lidar com os desafios da maternidade e do trabalho durante a pandemia”. Elas buscaram apoio emocional da família, fortaleceram sua fé e recorreram a ajuda profissional, como terapia, demonstrando assim sua adaptação e resiliência diante das dificuldades. Por fim, observou-se que a pandemia teve “Impactos na saúde mental”. Elas relataram superar o medo de contrair a doença, enfrentar mudanças na dinâmica pessoal e familiar, como o cuidado com os filhos durante aulas on-line, e experimentar autocobrança em relação ao aumento do conhecimento teórico sobre a doença, enquanto conciliavam as demandas do trabalho e da vida doméstica. Além disso, estratégias de autocuidado, como o uso das redes sociais para manter contato com a família, apoio de familiares no cuidado com as crianças e o recurso à fé e religião, foram mencionadas como formas de superação. Como produtos finais da pesquisa, foram desenvolvidos um artigo científico intitulado "Vivências da Maternidade de Mulheres Profissionais da Saúde durante a Pandemia da COVID-19", conforme as diretrizes da revista Interface – Comunicação, Saúde, Educação, que se dedica à publicação de trabalhos originais e inéditos relacionados à psicologia, além de um produto técnico educacional em forma de cartilha intitulado "Equilíbrio Materno: Guia de Autocuidado para Mães Profissionais da Saúde". Esses resultados destacam a importância de compreender e apoiar as necessidades específicas das mulheres que enfrentam múltiplos papéis durante crises de saúde pública. Conclusão: A complexa interação de fatores durante a pandemia da COVID-19 teve um impacto significativo na saúde mental das mulheres que desempenharam papéis multifacetados, enfrentando desafios consideráveis. Embora tenham demonstrado resiliência ao adotar estratégias de enfrentamento, os relatos dessas mulheres refletiram um desgaste psicológico considerável, evidenciado por sentimentos de angústia, medo, insegurança, ansiedade, tensão e pressão. A análise dos dados sob a perspectiva da Terapia Cognitivo Comportamental (TCC) proporcionou uma compreensão mais profunda dos processos cognitivos e comportamentais envolvidos. Isso incluiu a identificação de padrões de pensamento negativos, comportamentos de evitação e estratégias adaptativas que influenciaram a saúde mental das participantes durante a pandemia. Este estudo contribuiu significativamente para a compreensão dos desafios enfrentados por mulheres profissionais da saúde que conciliaram maternidade e trabalho durante a pandemia. Destaca-se a importância de uma abordagem integrada na promoção da saúde mental, que vai além das intervenções focadas apenas nos sintomas. Essa abordagem abrange diversos aspectos do bem-estar psicológico, considerando não só o suporte individual, mas também fatores sociais, econômicos e culturais que afetam as mulheres. Isso envolve políticas de apoio à maternidade, programas de assistência social, iniciativas para equidade de gênero no trabalho e estratégias de enfrentamento comunitário. Adotar uma perspectiva holística possibilita oferecer um suporte mais completo e eficaz durante desafios como a pandemia da COVID-19. Palavras-chave: Mulheres. Mães. Trabalhadoras da saúde. Saúde mental. Pandemia. | pt_BR |
dc.language.iso | por | pt_BR |
dc.subject | Mulheres | pt_BR |
dc.subject | Mães | pt_BR |
dc.subject | Trabalhadoras da saúde | pt_BR |
dc.subject | Saúde mental | pt_BR |
dc.subject | Pandemia | pt_BR |
dc.title | Trabalho e maternidade: saúde mental de mulheres profissionais da saúde durante pandemia da Covid-19 | pt_BR |
dc.type | Other | pt_BR |
dc.contributor.program | Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu Mestrado Profissional em Psicologia da Saúde | pt_BR |
Appears in Collections: | TCC (Dissertações) |
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